VIRGINIANA À DESCOBERTA

Em tempo que já lá vão, no meu tempo de escola, tive a oportunidade de fazer um trabalho sobre este poeta Setubalense que me deu muito prazer.

Este post serve de certa forma para relembrar esse tempo e homenagear esse Poeta português, natural de Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal.

O poeta da Arrábida morreu jovem, mas teve tempo para dar voz à Serra, ao mar e aos homens que deles vivem. Foi há 53 anos, mas a obra de Sebastião da Gama, não está ainda esquecida.

Sebastião da Gama ficou para a história pela sua dimensão humana, nomeadamente no convívio com os alunos. Como professor,  exerceu em Lisboa, Setúbal e Estremoz.
Literariamente, não esteve dependente de qualquer escola, afirmando-se pela sua temática (amor à natureza, ao ser humano) .

MEU PAÍS DESGRAÇADO

Arrábida, minha serra!

O sol ainda não nasceu

O tom avermelhado se avista, ondulante

Na linha do horizonte, lá bem distante

Onde já a escuridão da noite se perdeu.

Da pedra em que estou sentada

Vejo estendido o enorme mar

Observo a natureza, calada…

Sinto a brisa a navegar.

Sinto-me bem aqui sozinha

Perdida nos meus pensamentos

Isolada da confusão, dos tormentos

Abraçada pela calma desta serra minha.

Arrábida! Minha serra!

De todas a mais bela.

É o paraíso na terra

Pintado por Deus numa linda tela.

 Autoria: Patricia Santos (Filhota)